Hoje estou cega mas também não quero ver
Encontro-me entre o agora e o até já... onde os encontros acontecem e parecem perder-se de vista
Respiro, suspiro, faço-me sorrir enquanto olho as minhas mãos como estranhas, toco as pestanas, uma na outra... existo!
Uma voz embargada ganha alento quando o mais desatento olhar acorda e se dilui em bolas de sabão... mágico o momento!
Gosto deste universo sublime do nunca acabar de sensações, das que temos e procuramos, do sabor que pode ter um abraço, das coisas insignificantes que nos fazem existir, dos retalhos significantes que não nos deixam desistir.
Era uma vez, convenço-me!... mas o dia dá lugar a outro dia...
Fecho os olhos para me ver, sinto apenas o vento a tocar-me as pontas rebeldes do cabelo, faço parte desta história, dou rumo a cada página num emprestar de desejos, num arriscar de pele... sou eu!
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